quarta-feira, 10 de junho de 2009

SAUDADE PASSADA

O meu coração
sofre por uma paixão
que não esqueci

Um amor escondido
Com um tempo corrido
por não ter compreendido
por fim a perdi

A saudade bateu
meu coração estremeceu
por essa paixão

Amar o perdido
deixa confundido
meu pobre coração

Poema elaborado a partir de "Memória", de Drummond.

Autores: Everton e Samantha da turma 83

O AMOR E A SOLIDÃO

Confundido o amor e a paixão
no coração
sentimentos de solidão.

O coração sofre
um amor incompreendido
sofre mais ainda
amor não correspondido.

Acolhido nos teus braços
lentamente me perco
lembrando de teus abraços
agora meus sentimentos em pedaços.

Confundido o amor a paixão a amizade
não sei distinguir tais sentimentos
essa é minha inexplicável realidade.

Poema elaborado a partir de "Memória", de Carlos Drummond de Andrade.

Autores: Alessandra e Gabrieli da turma 83

MEMÓRIA

Memória às vezes pode ser boa
outras, prejudicial
lembranças meio apagadas
ou presentes
expostas em um mural.

O tempo pode pesar
mas a história
presente ou distante
nunca vai se apagar.

Memórias são lembranças
lembranças são sentimentos
um filme, uma tatuagem
memória no meu pensamento.

Poema elaborado a partir do poema "Memória", de Carlos Drummond de Andrade.

Autores: Leonardo e Willian da turma 81

MEMÓRIA DE UM CORAÇÃO

No coração são guardadas
lembranças de pessoas, de momentos,
coisas que se vão.

Sem termos a liberdade de escolher
entre o sim e o não.

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Que da nossa memória
nunca sairão!


Poema feito a partir de "Memória", de Carlos Drummond de Andrade.

Autores: Nathália e Moisés da turma 81

terça-feira, 9 de junho de 2009

O AMOR PASSA

O primeiro amor passou
O segundo amor passou
O terceiro amor passou
Mas o coração continua
E o amor não pára
A chama da paixão
Continua acesa
Com a porta aberta
Para novos amores
Esperando sempre
Apaixonar-se de novo
Meu coração diz sim
Minha razão diz não
Gostaria de saber
O que diz seu coração...

Poema com versos iniciais de "Consolo na Praia" (Drummond).

Autores: Marco Antonio, Andressa Benites e Pamella da turma 72

O AMOR

O primeiro amor passou
nada restou.
O segundo amor passou
tudo mudou.
O terceiro amor passou
mas o coração continua.
Ah, como é lindo o amor
mas algumas vezes acaba em dor.
Ah, como é lindo o amor
Às vezes é lindo, às vezes é um horror.

O amor é tudo
O amor é nada
É ruim saber quando o amor acaba
O amor é difícil de entender
mexe com o coração e é ruim de esquecer.

Quando amamos o coração não pára de bater
O amor é ruim de entender.

Poema elaborado com alguns versos de "Consolo na Praia", de Carlos Drummond de Andrade.

Autores: Eliézer, Gabriela e Luana da turma 72

O TEMPO

O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente
Um minuto para o fim do mundo, toda nossa vida em 60 segundos
Uma volta no ponteiro do relógio para viver, o tempo corre contra mim
Sempre foi assim
Eu, de olhos fechados, ponteiros parados, tento enganar meu coração
Fugir para outro lado, em outra direção, em um mundo que não dá para entrar
Às vezes me sinto só, como ponteiro amputado, pouco compreendido
Pelas pessoas, ponteiros acelerados, ao meu redor.


Poema livremente inspirado em "Mãos Dadas", de Drummond.

Autores: Marlon e Vladimir da turma 82

O TEMPO E A VIDA

O tempo passa
Passa o tempo
O tempo passou...
E o tempo é minha matéria

O tempo está presente
Está presente o tempo
O tempo presente é presente para nós

Os homens são presentes
Homens e mulheres são presentes

A vida é presente
Presente é a vida
Nunca duvide da vida
Pois ela é o reflexo do tempo
Deixe que o tempo resolva
O presente que é a vida.

Poema inspirado em "Mãos Dadas", de Drummond com estrutura que lembra "No meio do Caminho". A aluna "brincou" com a linguagem, ora usando a palavra presente como demonstração de tempo, ora utilizando como algo recebido.
Autora: Karina Oliveira da turma 82

segunda-feira, 8 de junho de 2009

MÃOS DADAS- DRUMMOND

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.



CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE- Dica

O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato de Dentro, Estado de Minas Gerais, em 31 de outubro no ano de 1902. Em 1916, foi aluno interno no Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo Horizonte.
Em 1918 estudou no Colégio Anchieta da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo, foi laureado em "certames literários". Seu poema em prosa "Onda" foi publicado por seu irmão Altivo, no único número do jornalzinho Maio. Depois, foi expulso do Colégio Anchieta por "insubordinação mental".
Em 1930, Drummond publica seu primeiro livro, Alguma Poesia, em edição de 500 exemplares paga pelo autor, sob o selo imaginário Edições Pindorama, criado por Eduardo Frieiro. Em 1940, publica Sentimento do Mundo, em tiragem de 150 exemplares, distribuídos entre os amigos.
Paralelamente, o poeta durante toda sua vida foi funcionário público e publicou vários livros de poemas. Drummond é considerado um dos maiores poetas brasileiros. Escritor tímido e inteligentíssimo de uma sensibilidade aguda. A poesia de Drummond é feita de combate entre a timidez e a ferocidade. "A sensibilidade, o golpe de inteligência, as quedas de timidez se enterseccionam..."
Só para lembrar, há em nossa biblioteca inúmeros livros de Drummond. Vale a pena lê-lo. Há belos poemas e belas crônicas também. Vá lá e confira!
Fonte de informações: Poesia Completa volume único- editora Nova Aguilar