sexta-feira, 21 de maio de 2010

EDWARD HOPPER

Edward Hopper nasceu em Nova Iorque no dia 22 de julho de 1882 e faleceu no dia 15 de maio de 1967. Hopper pintava de forma realista, sua abordagem temática, geralmente, era a solidão nos centros urbanos. Suas pinturas lembram o silêncio, há personagens solitários em casas, restaurantes, trens...
Os alunos das sétimas séries produziram textos a partir de pinturas de Hopper, deram voz, criaram histórias a essas personagens. Na medida do possível, os textos serão postados aqui.


A VELHA SENHORA PAIPPER


Em uma bela casa na Philadelphia, mora a família Hopper com seus filhos e com sua empregada chamada Margareth Paipper. Todos os dias, às 6 da manhã, toda a família Hopper levanta-se para cumprir seu dever. As crianças vão para a escola e os pais e a filha mais velha, para o trabalho.

Cada integrante dessa família tem ocupação bem diferente. O pai é pintor, pinta diversos quadros e imagens magníficas; a mãe, a Sra. Hopper, é advogada. A filha mais velha, Gabrielly, tem um salão de beleza. O salão é bem próximo da residência da família. Os Hopper são muito unidos e a empregada Margareth já faz parte da família, afinal trabalha há anos nessa residência e todos gostam muito dela.

Os amigos e vizinhos do Sr. e da Sra. Hopper sempre gostam de estar com eles, principalmente no horário das refeições. Tudo isso por um motivo: todos que já experimentaram, apreciam as comidas e os doces que só Margareth sabe fazer. Até hoje ninguém reclamou, e todos sempre querem mais. No bairro, dona Paipper é conhecida como "mãos de anjo", por preparar quitutes tão deliciosos.

A Sra. Margareth Paipper já está bem velha e já não tem mais a mesma disposição para cuidar do serviço que a casa exige. Por isso Margareth não é mais a empregada, agora é integrante da família também. Os Hopper a convenceram a morar com eles, a ser a "mãezona" de todos. E nessa casa, num recanto da Philadelphia, fica e ficará até seus últimos dias a Senhora Paipper.


Texto da aluna Jéssica Roberta (Turma 73). Redação escrita a partir de postal de arte:Edward Hopper: Apartament Houses, 1923.

BEBER CAFÉ


De manhã cedo, ela acordou e foi a uma cafeteria. Chegando lá, enxergou um rapaz muito bonito, diria, atraente. Ele percebeu seu interesse, pois puxou assunto com ela. Papo vai, papo vem, ele perguntou se ela tinha namorado e a moça, mais que depressa, respondeu:


- Não, mas estou procurando um!

- Ah, eu também estou à procura de uma namorada, bonita igual a você. Será que tenho alguma chance?

- Eu acho que sim.

- Então venha sentar-se aqui ao meu lado para conversarmos melhor!

- Não, acho que é melhor você passar à minha mesa.

- Por mim, tudo bem.

- Como nunca vi você? Onde uma moça tão linda assim mora?

- Eu moro a umas duas quadras daqui, e você?

- Eu moro aqui em cima. Sou o dono dessa Cafeteria.

- Nossa, deve ser muito bom trabalhar aqui.

- Talvez não tenha dito o suficiente sobre mim, mas creio que seja o suficiente para te convidar para sair, quem sabe, jantar comigo. Você aceita?

- Claro que sim!

- Que tal às 22 horas?

- Eu acho ótimo!

- Então vou aguardá-la aqui, pode ser?

- Sim, estarei aqui.


Texto do aluno Pablo Nunes (Turma 73). Criação a partir de Postal de Arte: Edward Hopper: Sunlight in a Cafeteria, 1958.

QUE DIA!


ELE- Graças a Deus. Enfim, Férias!

ELA- É! Eu não aguentava mais!

ELE- Eu acho que ninguém aguentava mais...

ELA- Havia dias que eu pensava que a minha cabeça fosse explodir! Era tanto barulho e bagunça na sala e nos corredores.

ELE- Eu não sei como você não enlouqueceu nesses 16 anos dando aula. Eu, toda vez que os alunos faziam baderna, tinha que sair da sala para pegar um ar. Acho que você deveria fazer isso também.

ELA- Pra você é fácil, né? Há 2 anos que é diretor!

ELE- Não é tão fácil como você pensa. Eu sou responsável por tudo.

ELA- Pelo menos você não tem que ficar 45 minutos dentro de uma sala com esses "capetinhas"!

ELE- É, você tem razão. Tenho que admitir: você é muito determinada e dona de uma paciência sem igual.

ELA- ... É, esta tarde está realmente linda, não acha?

ELE- É, está mesmo.

ELA- Que marca de cigarro você fuma?

ELE- Shelton! E você?

ELA- Eu não fumo. Pretendo viver bastante tempo. Quero poder admirar mais tardes como essas, todo esse verde, durante muitos anos letivos.


Texto da aluna Suelen Pereira (turma 73). Material para escrita (Postal): Edward Hopper: Sunlight on Brownstones, 1956.

PRODUÇÃO TEXTUAL: O TEXTO NO ESPAÇO PRIVADO OU NO ESPAÇO PÚBLICO?

É dever do professor incentivar seu aluno à prática da escrita, não me refiro ao ato puramente "braçal" da cópia, falo do ato fantástico da criação, do exercício da escrita como uma atividade intelectual.
Quando se propõe uma produção textual ao aluno, é preciso abordar temas, debatê-los, preparar o estudante para o assunto que irá desenvolver em sua redação. Obviamente, além disso, cabe ao professor auxiliá-lo a respeito de outros aspectos textuais como a coesão, a coerência, o vocabulário, a estrutura e a correção gramatical. O professor deve posicionar-se como incentivador, esclarecer ao estudante que no ato da escrita sempre é preciso pensar num provável leitor.
Com isso, o aluno deve colocar-se no papel de autor. E para todo o autor há um leitor. De preferência, que esse leitor não seja apenas o professsor. Quanto maior a possibilidade de leitores para o aluno, maior será a sua dedicação e a sua busca por informações. Em tempos de internet, sabendo utilizar de maneira adequada todos os recursos que ela nos disponibiliza, por que não usá-la como uma dinamização da comunicação? Por que não usá-la como uma ferramenta tecnológica a nosso favor?
Vivemos numa época de "abolição de fronteiras", unir a prática da escrita com conhecimentos tecnológicos, é inserir o aluno, contextualizá-lo com a realidade que o cerca (web, cyberespaço,etc.). Por isso, decidimos, inicialmente, desenvolver a criação de blogs com turmas de oitavas séries.
O blog é o espaço textual do aluno. Nesse sistema, o ato de escrever passa pela elaboração da escrita privada, tornando-se, a seguir, texto público. Através dessa experiência, o estudante desenvolve conhecimentos importantíssimos: o exercício da escrita e o conhecimento tecnológico.
"Escrever é produzir conhecimento; Ensinar a escrever é inserir o aluno na produção histórica do conhecimento". Passagem do livro: Ler e escrever-Compromisso de todas as áreas. Editora da UFRGS.
Abaixo, vídeo dos alunos criando os blogs e postando os textos. Atividade de Língua Portuguesa(Professora Sílvia Andrade) e do Laboratório de Informática (Professora Mara Tavares).